terça-feira, 15 de dezembro de 2015

Homenagem ao Poeta J.J. Oliveira Gonçalves

J.J. Oliveira Gonçalves 


"Nascido em Bagé/RS num dia 27 de janeiro é devoto de São Francisco de Assis e discípulo de Augusto dos Anjos. Um homem de letras um arauto da cultura, vive em seu fabuloso universo de eterna inspiração buscando pintar sua melodia como um alquimista apaixonado, sua musa é seu eterno amor que vive sempre a seu lado, inquieto, contestador, prodigioso pensador, poeta de grandes aventuras e grande professor."    

Marcos Freitas



Aquele João?

Por onde andará aquele João?
Aquele já dos versos invernais?
O que fez de sua Amante a ilusão
E riu-se da algazarra dos pardais?

Aonde andará - com sua Emoção
Cantando o Sonho triste dos juncais?
Da Vida a viver na contramão
O das Paixões malucas... viscerais?

Ah, aquele João... do coração partido
Que a Dor do presente o obrigava
Ao Passado voltar: que o abrigava?

Saudades tantas há - que ao peito embala
Que a Alma - ante as lágrimas se cala
Do João - tão Franciscano - e tão ferido!

(O poeta segue a Sina... mas o João
Não volta mais... Morreu-lhe o coração!)



Serei Profano??
(Ao Espírito de Augusto dos Anjos)

A Vida vive... em sua Finitude
Tiene orillas como el proprio Mar...
Mente que vive a Vida e não me ilude
Viver fingindo sempre... e no Limiar!

A Vida! É bipolar: sensível, rude
Exuberante e sempre a nos deixar!
Avida que sonhei viver não pude...
Quão curto neste Plano é o Caminhar!

Além do peito-poeta, eta cabeça
Que não me deixa (nunca!) eu esqueça:
A vida, (mais que a Morte!), que Mistério!

Vida: Sangue Vermelho e o Negro Luto
Um jogo desigual: vil, fero e bruto
Que vê jazer sua Dor no cemitério!

Poeta e homem-comum serei profano
Por ver na minha vida um triste Engano?





Poema em Carne e Osso!

Saudade é o outro nome do Amor
Do Amor que nem a Ausência esmaece!
Do Amor que nem o Tempo o envelhece
Do amor feito de Sonho e de Sabor!

Saudade eu sei que é o outro nome Teu
Que dentro de minh'Alma permanece!
Que o coração - doido! - não esquece
Que é em carne e osso o Poema meu!

Poeta e homem-comum como é que faço
Para desvencilhar-me desses Laços
Dos quais sou prisioneiro encanecido?

Enluarou-me a Lua esta Saudade
Que é de mim, de ti... E que me invade
Na vasta Solidão do meu fracasso!








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