A Hatha Yoga foi uma grande descoberta em minha vida!


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Anos 90
fliperamas, gangues de rua, rock e filmes de Artes Marciais. 
Iniciei a prática do Hatha Yoga em 1988 nas aulas de Taekwondo Tradicional em Porto Alegre. Na época com 17 para 18 anos me transformei num tipo de ser voador e chutador muito leve e energético pois andava pelas paredes lateralmente nos exercícios passados pelo mestre com muita dedicação ascendendo a graduação das faixas.
Praticava também Kempô, mas foi por pouco tempo. Meu corpo passava por uma grandiosa revolução e me sentia apto a qualquer atividade física que exercia como futebol, vôlei e natação. Com o tempo adentrei em aulas de Hapikdo e me dediquei muito também, eram saltos longos com quedas giratórias e testadas no tatame, muitas torções e os progressivos chutes do Taekwondo que com o tempo ficavam mais fortes e concentrados no Ki.  
Os anos 90 foram minha adolescência e a efervescência dos fliperamas desde os anos 70 transformou a cidade e a juventude da época, muito descolada, rueira,  eram muito ativos nas ruas em relação as turmas de guris e gurias que andavam para todos os lados, sempre unidos gangues "do bem" buscavam aventuras urbanas em brincadeiras que hoje em dia não existem mais e o rock gaúcho e nacional nascia.
O Muay Thay também fez parte das minhas atividades de treino físico mas no entanto não pude dar continuidade pois estava me casando e passei a ter uma vida de responsabilidade familiar e de trabalho que me fez mudar das artes marciais para o futebol de fim de semana e corridas. 
Durante todo este tempo nunca deixei de praticar o Hatha Yoga, sempre antecedendo ao futebol, ou natação e em diversos momentos do dia lá estava eu realizando os ásanas.
O futebol que jogava era muito prazeroso porém bastante estafante e muito brutal por vezes, a bola era e sempre será, objeto de grande disputa nas peladas cujo xingamentos e brigas é algo comum. 
Desde que me conheço por gente jogo futebol. No centro de Porto Alegre acreditem, havia um campo de várzea na praça Sevigné entre a Rua Coronel Genuíno e início da Lima e Silva, o campinho de areão foi incorporado a rua e jamais serviu as mais de 40 crianças que ferviam nas brincadeiras ali nos idos de 1974 a 1990. O futebol foi o que me posicionou primeiramente na atividade física, mas quando cheguei aos 17 e passei a praticar a Hatha obtive uma considerável melhora em minhas habilidades. 
Meus ossos pareciam de aço e quem acidentalmente ou intencionalmente atingisse "o canela de aço" ficava lesionado, independente do tamanho do zagueiro ou centro-avante eu não provocava as faltas e simplesmente deixava que os agressores esbarrassem na parede dura porém franzina que eu era. 
Não fui um grande jogador mas tinha um chute forte e também muita resistência física pulmonar e elasticidade, acredito que bem desenvolvidas nas práticas de Hatha Yoga. A grande diferença entre a musculação e a prática dos ásanas evidenciava-se quando percebia que meu corpo era franzino porém com os micro-ligamentos das articulações bem resistentes. Enquanto a musculação permite uma aparência "superficial de força" por lesão muscular intensa através do levantamento de peso que causa acúmulo de peso pois o corpo aumenta mas a força verdadeiramente não, além disso a resistência física diminui consideravelmente comparado a um praticante de exercícios de elasticidade.    
Após este período uns anos para cá dei vazão a práticas de corrida e alongamentos especiais (ásanas) em conjunto. Prática ininterrupta, por mais de 15 anos corro nas ruas de Porto Alegre em longas meditações ativas graças a endorfina do cérebro já acostumado e sedento. 
A corrida me forneceu um vasto autoconhecimento, pois esta atividade "alerta" o praticante, proporcionando uma respiração profunda e bem sincronizada e um amplo relaxamento após a prática. O movimento constante giratório das pernas e seu impacto através dos pés ao chão, não sendo uma atividade "pesada", é de extremo benefício para o fortalecimento dos ossos e micro-ligamentos. Todo o corpo põe-se em movimento e isto é revolucionário para muitos indivíduos sedentários. 
Enfim com isto não há doença mental que persista, nem lesões musculares, atrofias e patologias diversas do coração nem de ordem pulmonar ou o que seja que esteja lhe atingindo é banido. 
O corpo pertence a nós os hospedeiros desta massa alimentada, cheia de canais nervosos e "tubos" sanguíneos que perece e sob os olhos dos homens desaparece em pó.
Porém podemos adiar um pouco as determinações maléficas que afetarão nossa saúde, com cuidados com o nosso "próprio templo" de misericórdia e conjuração das deidades, podemos  não somente nos livrarmos parcialmente das doenças, como auxiliar os outros a se livrar das suas também, reduzir nosso karma e com muito esforço despertarmos nesta vida!  

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